Porque os líderes evangélicos não devem usar em suas igrejas imagens e estátuas de santos para utilizar como referência e dar conselhos doutrinários e espirituais ?
A Importância Litúrgica No Culto Evangélico – Parte 05
Importância Litúrgica; Os líderes evangélicos geralmente evitam o uso de imagens e estátuas de santos por várias razões doutrinárias e espirituais:
Doutrinas:
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Adoração exclusiva a Deus: A tradição evangélica enfatiza a adoração exclusiva a Deus, sem a intermediação de santos, imagens ou objetos sagrados. Os líderes evangélicos ensinam que a adoração e a devoção devem ser direcionadas apenas a Deus, conforme ensinado na Bíblia.
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Prática bíblica: A Bíblia proíbe explicitamente a idolatria e a adoração de imagens e ídolos (Êxodo 20:4-5). Os líderes evangélicos baseiam suas práticas e ensinamentos na autoridade da Palavra de Deus e, portanto, evitam o uso de imagens que possam desviar a adoração de Deus.
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Ênfase na fé em Jesus Cristo: A ênfase principal da fé evangélica está na pessoa e obra de Jesus Cristo como único mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5). Os líderes evangélicos concentram-se em apontar as pessoas para Jesus como o único Salvador e Redentor, e não em santos ou figuras veneradas.
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Evitar sincretismo religioso: O uso de imagens de santos pode levar a práticas de sincretismo religioso, misturando elementos da fé cristã com crenças e práticas de outras religiões. Os líderes evangélicos procuram manter a pureza doutrinária e evitar qualquer comprometimento com ensinamentos ou práticas que contradigam a Palavra de Deus.
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Foco na centralidade de Cristo: Os líderes evangélicos acreditam na centralidade de Cristo em todas as áreas da vida cristã, incluindo a adoração, a vida de fé e os ensinamentos doutrinários. Eles evitam qualquer prática ou ensinamento que possa desviar o foco de Cristo e Sua obra redentora.
Conclusão:
Portanto, os líderes evangélicos optam por não usar imagens e estátuas de santos em suas igrejas como forma de manter a pureza doutrinária, enfocar a centralidade de Cristo e evitar práticas que possam desviar a adoração de Deus. Em vez disso, eles direcionam os fiéis para uma fé simples e sincera em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor.
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O que Diz a Bíblia?
Para explorar a “Importância Litúrgica” no contexto evangélico e a ênfase na adoração exclusiva a Deus, sem a intermediação de imagens ou estátuas, é útil referir-se a várias passagens bíblicas que fundamentam essa prática. A tradição evangélica está profundamente enraizada em ensinamentos bíblicos que alertam contra a idolatria e enfatizam a adoração a Deus como única e verdadeira.
1. Proibição da Idolatria
Êxodo 20:4-5
“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso.”
Esta passagem, parte dos Dez Mandamentos, é uma das mais claras declarações bíblicas contra a idolatria. Ela estabelece que Deus proíbe a criação e adoração de qualquer imagem ou semelhança de coisas criadas. Isso forma a base para a prática evangélica de evitar imagens ou estátuas no culto.
2. Adoração Exclusiva a Deus
Deuteronômio 6:13-14
“O Senhor teu Deus temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós.”
Este texto reforça o conceito de que a adoração deve ser exclusivamente dirigida a Deus. A Bíblia ensina que a devoção e a adoração não devem ser divididas com outros deuses, imagens ou intermediários.
3. Cristo como o Único Mediador
1 Timóteo 2:5
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.”
Os evangélicos acreditam que Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e a humanidade, o que elimina a necessidade de qualquer outra intermediação, como a de santos ou imagens. Essa crença é central na prática evangélica, onde Cristo é visto como o único caminho para Deus.
4. Condenação da Idolatria no Novo Testamento
1 Coríntios 10:14
“Portanto, meus amados, fugi da idolatria.”
1 João 5:21
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.”
Essas passagens do Novo Testamento ecoam as advertências do Antigo Testamento contra a idolatria, exortando os crentes a se afastarem de qualquer forma de adoração de ídolos. Elas reforçam a prática evangélica de rejeitar o uso de imagens e estátuas em cultos.
5. A Verdadeira Adoração
João 4:23-24
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.”
Esta passagem fala sobre a verdadeira natureza da adoração que Deus busca: adoração em espírito e em verdade. Para os evangélicos, isso significa que a adoração não depende de imagens, rituais ou objetos físicos, mas de uma conexão espiritual direta com Deus.
Reflexão Final
A “Importância Litúrgica” no contexto evangélico está intimamente ligada à adoração pura e direta a Deus, sem a intermediação de imagens ou santos. As passagens bíblicas citadas fornecem a base doutrinária para essa prática, enfatizando que Deus deve ser adorado em espírito e em verdade, e que qualquer forma de idolatria é estritamente proibida. A tradição evangélica busca manter a pureza da adoração conforme ensinado nas Escrituras, centrando-se exclusivamente em Deus e em Jesus Cristo como o único mediador.